10 anos sem Fernandão: Pato, Abel, Muricy e outras personalidades do Inter homenageiam o Eterno Capitão


Da Redação/GE

F9 faleceu em um acidente de helicóptero em Aruanã, a 315 km de Goiânia.

Há uma década, Fernandão exibe seu talento, oportunismo e postura nos céus. De lá, ele ilumina e protege o Inter, clube que aprendeu a amar, levou ao topo do mundo e conquistou uma legião de seguidores. A dor que atingiu os corações dos torcedores e os deixou órfãos foi amenizada pela conexão construída no Beira-Rio. Seus feitos, os mais notáveis nos 115 anos de história do clube, lhe renderam o apelido de "Fernandeus".

Fernandão disputou 190 partidas pelo Inter e marcou 77 gols, incluindo o milésimo gol dos Gre-Nais, justamente em sua estreia pelo clube. Ele conquistou o Mundial, a Libertadores, a Recopa e dois campeonatos gaúchos. Além disso, atuou como diretor técnico e treinador do clube.

O ídolo transcendeu a barreira do olimpo e se tornou o Eterno Capitão, recebendo a honra de uma estátua no pátio do estádio, que se tornou um ponto turístico. Para fãs e figuras icônicas como Fernando Carvalho e Clemer, ele é o maior da história do clube. Sua representatividade, enquanto corria com seus cabelos desgrenhados, unia todos ao seu redor.

Sua qualidade em campo era complementada por sua postura admirável, notada por todos que conviviam com ele diariamente. O ex-camisa 9 discutia táticas com os treinadores, orientava os companheiros durante as partidas, motivava, cobrava e se emocionava. Quem não se lembra das lágrimas na última entrevista, feita para a reinauguração do Beira-Rio, ou após sua demissão como técnico, com o carinho do ex-volante Ygor?

As lembranças com Fernandão permanecem vivas na memória daqueles que tiveram o privilégio de sua intimidade. Seu discurso inflamado antes da final contra o Barcelona foi o combustível necessário para aumentar a confiança do grupo e conquistar o Mundial.

– O discurso nos incendiou e entramos da forma que todos sabem. Ficou na nossa memória. Falou que ninguém tinha caído de paraquedas, que tínhamos chegado por méritos e seríamos campeões por méritos – diz o ex-goleiro e ídolo colorado Clemer.

Essa combinação de fatores resultou na homenagem da Popular. No dia da morte do ídolo, a principal torcida do clube esteve no pátio do estádio junto a milhares de fãs para reverenciá-lo, entoando um cântico que se tornou um dos hits das arquibancadas:

"Obrigado pelos anos que honraste a camisa do Inter! São várias alegrias e momentos que nunca iremos esquecer! Dá-lhe, dá-lhe, Fernandão! Dá-lhe, dá-lhe, Fernandão! Para sempre o nosso Eterno Capitão!"


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